O que melhor caracteriza a procrastinação é o fato de estar diante de uma tarefa considerada difícil, intrincada ou desinteressante. E, costumeiramente, qualquer outra atividade “vira prioridade”.
Pesquisas realizadas nos USA e em diversos países Europeus mostram que 20% da população são procrastinadores crônicos. Entenda as explicações científicas sobre esse hábito de “deixar para depois” e que atinge praticamente todas as áreas da sua vida.
1 . Predisposição Genética
Pessoas com tendências naturais para a impulsividade cedem mais facilmente à um novo estímulo. Ações impulsivas têm estreita relação com possibilidade de geração de prazer no curtíssimo prazo. E tendem a se afastar de coisas ou ações com potencialidade de satisfação somente no médio e longo prazo.
Não se pode simplesmente afirmar que pessoas impulsivas sejam necessariamente procrastinadoras. Mas os estudos científicos mostram que biologicamente existe estreita relação entre impaciência e o hábito de deixar para depois certas atividades tidas como não prazerosas.
2 . A Procrastinação é Prazerosa no Curto Prazo
Embora a frustração no médio e longo prazo seja certa, o prazer no curto prazo impõe-se pela presença da dopamina (uma recompensa química altamente prazerosa). Esse hormônio é gerado por não precisar conviver com aquele problema por mais alguns momentos. E por se deleitar em realizar alguma tarefa que avalia ser bem menos trabalhosa ou problemática.
A presença da dopamina cria momentaneamente a sensação de bem estar. Funciona como um mecanismo de reforço pela repetição daquela atitude. Sinapses estimuladas repetidas vezes criam as células de memória. Essa é a razão do porquê facilmente ficamos presos a certos comportamentos e sensações, que nada mais são do que hábitos.