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3 Dicas para não procrastinar no trabalho?
- 24 de maio de 2024
- Postado por: Prof. Alcides Schotten
- Categoria: Leitura Dinâmica Produtividade Técnicas de Aprendizagem
A procrastinação é um desafio comum enfrentado por muitas pessoas no local de trabalho.
Quando deixamos tarefas importantes para depois, comprometemos nossa produtividade e, consequentemente, a qualidade do nosso trabalho.
Felizmente, existem dicas eficazes que podem ajudar a superar a procrastinação e aprimorar a eficiência no trabalho.
Neste artigo, exploraremos algumas dessas estratégias para aumentar a produtividade e minimizar a procrastinação no dia a dia profissional, oferecendo dicas práticas para implementá-las com sucesso em sua rotina.
O que é procrastinar no trabalho
Procrastinação é o ato de postergar deliberadamente tarefas ou decisões, mesmo sabendo que isso pode resultar em consequências negativas. Do ponto de vista científico, esse comportamento é frequentemente associado à disfunção na autogestão e regulação emocional, aspectos controlados pelo córtex pré-frontal do cérebro.
Por exemplo, um estudante que adia os estudos para um exame até a véspera provavelmente enfrentará ansiedade e desempenho baixo, refletindo a ineficiência em avaliar corretamente o tempo necessário para a preparação.
Similarmente, um profissional que adia respostas a e-mails importantes pode acumular tarefas e estresse, diminuindo sua eficácia no trabalho e aumentando o risco de burnout.
Esses comportamentos destacam uma falha no processamento cognitivo e emocional, levando à procrastinação apesar do conhecimento das potenciais repercussões negativas.
Cientificamente, a procrastinação é um comportamento complexo em que indivíduos adiam tarefas importantes, optando por atividades menos urgentes ou mais agradáveis, apesar de conhecerem as potenciais consequências negativas. Esse comportamento é frequentemente associado a uma disfunção na autogestão e no controle inibitório.
Neurologicamente, a procrastinação está ligada a um conflito entre o sistema límbico, que busca gratificação imediata, e o córtex pré-frontal, responsável pelo planejamento a longo prazo e tomada de decisões racionais.
Como saber se estou procrastinando?
Você está procrastinando se consistentemente adia tarefas acadêmicas ou profissionais essenciais, apesar de conhecer as consequências negativas. Por exemplo, um estudante que escolhe navegar nas redes sociais em vez de escrever um trabalho importante, ou um profissional que deixa relatórios urgentes para a última hora.
Essa tendência, segundo a psicologia, é muitas vezes um mecanismo de enfrentamento para evitar estresse ou ansiedade associados a tarefas desafiadoras, mas pode levar à baixa produtividade e sentimentos de culpa.
Qual a diferença entre preguiça e procrastinação?
A preguiça é um estado de falta de motivação e energia para realizar atividades, frequentemente visto como uma tendência natural ao descanso. Neurocientificamente, pode ser relacionado com baixos níveis de neurotransmissores que estimulam a ação, como a dopamina.
Procrastinação, por outro lado, é o adiamento deliberado de tarefas importantes, mesmo sabendo das consequências negativas. Envolve mecanismos mais complexos de evitação, o córtex pré-frontal reduz sua atividade, dificultando a tomada de decisões racionais e o controle de impulsos, segundo estudos em psicologia positiva e neurociência.
Por que pessoas ansiosas e portadoras de TDAH têm maior probabilidade de procrastinar?
Pessoas ansiosas e portadoras de TDAH têm maior probabilidade de procrastinar devido à interação complexa entre suas condições e os processos de tomada de decisão no cérebro. A ansiedade pode sobrecarregar o córtex pré-frontal, dificultando a organização de pensamentos e a priorização de tarefas.
Um exemplo histórico é o escritor Samuel Johnson, conhecido por procrastinar na escrita. Apesar de seu brilhantismo literário, Johnson frequentemente lutava contra a ansiedade e a insegurança, adiando a conclusão de seus trabalhos até os últimos momentos possíveis.
Indivíduos com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) também tendem a procrastinar devido a desafios específicos no controle executivo. Esses desafios incluem dificuldades em manter a atenção, gerenciar o tempo e inibir impulsos.
Neurocientificamente, o TDAH está associado a irregularidade nos neurotransmissores como a dopamina, que afetam a motivação e a recompensa. Essas irregularidades dificultam a priorização de tarefas e a manutenção do foco, aumentando a propensão à procrastinação.
Por que procrastinar acaba se tornando um problema?
Procrastinar torna-se um problema porque leva ao acúmulo de tarefas, aumentando o estresse e a ansiedade. Isso pode resultar em prazos perdidos e trabalho de qualidade inferior.
Além disso, a procrastinação crônica prejudica a reputação profissional e acadêmica, diminui a autoestima e impede o desenvolvimento pessoal e profissional, criando um ciclo de insatisfação e baixa produtividade.
O que fazer para diminuir a procrastinação?
Para diminuir a procrastinação, é possível adotar três estratégias cientificamente embasadas. A seguir, listaremos essas importantes dicas para te auxiliar dentro e fora do trabalho.
Técnica pomodoro
Essa técnica envolve trabalhar em blocos de tempo focados (geralmente 25 minutos), seguidos por breves intervalos. Esse método ajuda a manter o foco e a reduzir a sobrecarga mental, tornando as tarefas menos intimidadoras.
Exemplo: Um estudante pode usar a técnica Pomodoro para revisar capítulos de um livro, alternando estudo intensivo com pausas para recarregar.
Definição de metas específicas e alcançáveis
Estabelecer objetivos claros e realistas pode aumentar significativamente a motivação. Segundo estudos de psicologia, metas bem definidas proporcionam direção e um sentido de progresso.
Exemplo: Um profissional que procrastina em projetos grandes pode definir metas semanais menores para alcançar um progresso gradual e mensurável.
Mindfulness e técnicas de redução de ansiedade
Práticas de mindfulness podem ajudar a gerenciar a ansiedade que frequentemente acompanha tarefas percebidas como desafiadoras. Técnicas como meditação e respiração consciente podem melhorar a concentração e a capacidade de enfrentar tarefas imediatamente, em vez de adiá-las.
Exemplo: Antes de começar um grande projeto, um acadêmico pode praticar cinco minutos de meditação para limpar a mente e reduzir a ansiedade.
O que diz a psicologia positiva sobre a procrastinação?
A psicologia positiva aborda a procrastinação focando menos nas falhas e mais no desenvolvimento de qualidades e habilidades que podem ajudar a superá-la. Ela sugere que cultivar forças pessoais, como a autoeficácia, a perseverança e o otimismo, pode ajudar indivíduos a enfrentar a procrastinação de maneira mais eficaz.
A ideia é que, ao fortalecer essas virtudes, as pessoas se sintam mais competentes e confiantes para iniciar e concluir tarefas. Por exemplo, em ambientes profissionais e acadêmicos, um estudante de doutorado que tem dificuldade para escrever sua tese pode se beneficiar de técnicas de visualização positiva.
Essa prática envolve imaginar-se completando a tese com sucesso, o que pode aumentar a motivação e reduzir a ansiedade associada ao projeto. Outro exemplo seria um profissional que procrastina no planejamento de apresentações importantes. Ele pode aplicar métodos de psicologia positiva, como listar sucessos passados para aumentar a confiança.
Essas abordagens são apoiadas por estudos que mostram como uma perspectiva positiva pode alterar a ativação neural em áreas do cérebro associadas ao controle executivo e à motivação, ajudando a superar a tendência à procrastinação.
Agora que você sabe que para não procrastinar no trabalho é importante estabelecer metas claras, aplicar técnicas eficazes de gestão do tempo e cultivar uma mentalidade positiva, compartilhe este artigo em suas redes sociais para que possa ajudar mais pessoas. Não se esqueça de se inscrever no curso da Methodus de Produtividade e Gestão de Tempo