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Autodidata e Leitura Rápida.
- 13 de março de 2019
- Postado por: Prof. Alcides Schotten
- Categoria: Recomendamos
De fato as técnicas dinâmicas para aprender, desaprender e reaprender, tais como a leitura rápida, dão suporte aos acadêmicos e profissionais da Quarta Onda Revolucionária Humana – Inteligência.
Certamente a disrupção está na essência da Quarta Onda Revolucionária Humana – Inteligência.
Então, bem vindo à era na qual a habilidade para aprender sobrepõe ao próprio conhecimento.
Porquanto o World Economic Forum de 2016, sobretudo estas serão as top 10 profissões para 2020:
1 . Complex Problem Solving – Solução de Problemas Complexos
2 . Critical Thinking – Pensamento Crítico
3 . Criativity – Criatividade
4 . People Management – Gestão de Pessoas
5 . Coordenating Withs Other – Coordenando com os Outros
6 . Emotional Intelligence – Inteligência Emocional
7 . Judjment and Decision Making – Julgamento e Tomada de Decisão
8 . Service Orientation – Orientação de Serviços
9 . Negotiation – Negociação
10 . Cognitive Flexibility – Flexibilidade Cognitiva.
Principalmente todas as top 10 profissões, sem exceção, supõem profissionais com habilidade para aprender.
Em conclusão, instituições de ensino tradicionais, centradas em quem ensina, formam profissionais passivos em seus contextos profissionais.
Somente os profissionais que entendem e valorizam a afirmação: “Educação formal vai te dar o suficiente para sobreviver. Auto-educação vai te dar uma fortuna” de Jim Rahn.
Dessa forma, serão os autodidatas, que desenvolverão a leitura rápida e criarão a sua própria realidade profissional.
Desse modo a humanidade passou ao longo de sua história por 4 Ondas Revolucionárias que caracterizaram seu processo evolutivo:
- Primeira onda – Agrícola
- Segunda Onda – Industrial
- Terceira Onda – Conhecimento
- Quarta Onda – Inteligência.
Primeira Onda: Agrícola
- tecnologia dominante – arado/animal
- recurso estratégico – terra
- formas de poder – força física
- cultura/informação – oral/manuscritos
Sobretudo a relação trabalho e aprendizagem nessa primeira onda – agrícola se restringe aos donos das terras e a uma restrita elite pensante.
Teve seu auge com os gregos: Sócrates com o seu método elenkhós – sua dialética ao vivo = investigação conjunta (método da refutação).
Ao longo da Idade Média e Idade Moderna a Igreja, os senhores Feudais e os chefes dos Estados eram os detentores das informações e manipulavam o processo ensino/aprendizagem que, em sua essência, era totalmente passivo.
Segunda Onda: Industrial
- tecnologia dominante – máquinas
- recurso estratégico – capital
- formas de poder – dinheiro
- cultura/informação – imprensa, livros, rádio
- contexto histórico – o crescente poder da burguesia – centrada na força de trabalho dos artesãos nas oficinas – dá lugar à manufatura; em 1758 com o surgimento da máquina a vapor a manufatura é substituída pela indústria.
- ensino/aprendizagem – mão de obra desprovida de informação e focada na produção em série nas 14 à 16 horas diárias;
- estudar era restrito à burguesia e donos das industrias;
- processo ensino-aprendizagem era essencialmente repetitivo e passivo. Objetivo da aprendizagem era prioritariamente adaptar-se às exigências profissionais.
Terceira Onda: Conhecimento
- tecnologia dominante – computador
- recurso estratégico – conhecimento
- formas de poder – conhecimento
- cultura/informações – computadores, internet, realidade virtual
- o processo ensino/aprendizagem – centrado nas instituições de ensino aparelhadas para atender às demandas das exigências do mercado de trabalho – trabalhar em equipe e relativa autonomia em tomar decisões (atender demandas por qualificação profissional) – atitude passiva utilitarista.
- Porém, já é visível a necessidade de preparar o profissional para ter atitude transformadora. Embora na aprendizagem a atitude seja passiva/repetitiva, a dinâmica no mercado de trabalho já começa a incorporar uma incipiente atitude ativa (transformadora) e os profissionais mais arrojados busca leitura rápida.
Quarta Onda – Inteligência
Principalmente a ordem agora é: aprender, desaprender e reaprender. O contexto predominantemente disruptivo relativiza as informações e o conhecimento.
Assim sendo, a habilidade para aprender se sobrepõe ao próprio conhecimento acumulado.
Sobretudo acadêmicos e profissionais da Quarta Onda – Inteligência focam na habilidade de pensar, inovar, minimizar erros, maximizar acertos e entender como o cérebro aprende.
Primeiramente a incerteza das perguntas tornou-se muito mais relevante do que a certeza das respostas.
Todavia a habilidade de solucionar, de questionar, forjar a realidade será cada vez mais relevante do que os diplomas com assinaturas de faculdades renomadas.
Portanto, a aprendizagem deixou de ser evolucionária(linear) e passou a ser revolucionária(disruptiva).
- tecnologia dominante – inteligência artificial
- recurso estratégico – capacidade de aprender
- formas de poder – plataformas virtuais habilidade criar novas realidades
- cultura/informações – internet 2.0
- ensino/aprendizagem – centrado em quem aprende.
Trata-se da construção do conhecimento (aprender a aprender = inteligência), não mais a mera absorção e retenção das informações. - Na web 2.0 o professor é um dos referenciais das informações. As plataformas virtuais tornam a aprendizagem interativa (ativa): teleconferências, videoaulas, chats, blogs, teleaulas, e-mails, twitter, fóruns de discussão, skype, wikis.
- Saímos do pensamento linear (causa e efeito) para o pensamento interativo (partilhado e sistêmico).
- Na aprendizagem centrada em quem aprende (aprendizagem do autodidata) os professores são facilitadores, mediadores, coach.
Contudo agora, no início do terceiro milênio, é que percebemos a relevância da frase do filósofo e estadista Francis Bacon que viveu entre os séculos XV e XVI: “O homem deve criar as oportunidades e não somente encontrá-las.” Leitura rápida passa a ser extremamente relevante.
Certamente pessoas que mudam a história sempre são disruptivos e autodidatas.
Inegavelmente os PCs estão na base da aprendizagem virtual. Veja o que diz Bill Gates: “A leitura é ainda a principal forma que eu aprendo tantas coisas novas e testo o meu conhecimento”. (New York Times)
Igualmene no contexto acadêmico e profissional atual em que as informações estão disponíveis nas múltiplas plataformas virtuais, primordialmente o foco das instituições de ensino, cursos e coach, precisam migrar da sistematização das informações para o treinamento da capacidade de aprender e para a habilidade de gerar transformações.